O que exatamente os homens andam sofrendo?

O homem imigrante, geralmente apresenta alguns sinais de distúrbio emocional que podem estar ocorrendo, como ansiedade, depressão, vicio em pornografia, insônia que tendem a desenvolver hábitos (que geralmente não o faziam em seus países maternos) como alcoolismo, uso de drogas, consumo exagerado de comida, apostas, e excesso de jogos eletrônicos.

Esses distúrbios emocionais podem ser pode ser causado no caso de nos imigrantes pelo distanciamento da família, sobrecarga de trabalho, relacionamento de masculinidade toxica dentro das rodas de amizade no trabalho (escutem o podcast no final do post), frustações por não atingir os objetivos como imigrante na língua, financeira, barreiras culturais e estado imigratório. Como também a carga responsável pela chegada de um novo membro na família, e até mesmo em outros casos comuns também lidar com a liderança dentro de uma instituição religiosa, sexualidade e preconceito racial como cultural esse muito comum para imigrantes.

É provável que você sofra ou tenha sofrido com algum desses, sem falar com ninguém. O fechamento emocional atua como uma camisa de força para muitos homens, tornando ainda mais difícil tudo que enfrentam no viver bem dia a dia.

Hoje, 83% das mortes por homicídios e acidentes no Brasil são de homens. Vivemos 7 anos a menos que as mulheres e nos suicidamos quase 4 vezes mais. 17% de nós lida com algum nível de dependência alcoólica. Quando sofremos um abuso sexual, demoramos em média 20 anos até contar isso para alguém. Cerca de 30% enfrentam ejaculação precoce ou disfunção erétil. Homens são 95% da população prisional no Brasil, sendo que a maior parte dos encarcerados são jovens, periféricos e com ausência de figura paterna. Negros e LGBTs sentem muito melhor parte disso.

Os homens sofrem, mas sofrem calados e sozinhos.

Caso você ache que esteja passando por qualquer distúrbio emocional, procure ajuda emocional e profissional.

Algumas instituições religiosas costumam ser extremamente machista pôs está impregnada em nossa cultura e educação.

Para nosso maior conhecimento trago, o documentário feito pelo site PapodeHomem, “O silêncio dos homens”, um filme sobre as dores, qualidades, omissões e processos de mudança dos homens — fruto de uma pesquisa com 40.000+ pessoas e meses de gravações, 7 em cada 10 homens não falam sobre seus maiores medos e dúvidas com os amigos.

Já notávamos o mesmo fenômeno em nossas rodas de conversa há mais de 10 anos. E, à medida em que nos aprofundamos no estudo sobre masculinidades, observamos como esse silêncio está na raiz de vários outros problemas.

Violência doméstica, ausência de mulheres em posições de poder na política e economia, assédio, altíssimas taxas de suicídio, homicídio, mortes no trabalho e encarceramento entre os próprios homens… a lista é longa.

Silêncio aqui tem sentido amplo. É emocional, verbal, social, tanto individual como coletivo. Estamos falando de uma rigidez psicológica, que se torna um vulcão quando associada aos “mandamentos da masculinidade”: ser bem-sucedido profissionalmente, não agir de modos que pareçam femininos, não levar desaforo para a casa, dar em cima das mulheres sempre que possível, não expressar emoções, dentre outros.

O silêncio observado entre os homens não é uma grande conspiração masculina, é como fomos criados. A maioria de nós foi treinado para sufocar o que sente, aguentar o tranco e peitar a vida, como machos.

Acontece que essa maneira de existir e estar no mundo tem causado danos, para as mulheres, para outros homens e para nós mesmos. E como tem acontecido ciclicamente ao longo da história com os papéis de gênero, é tempo de mudar.

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